Shein pretende nacionalizar 85% das vendas em até quatro anos

A gigante asiática de e-commerce irá investir R$ 750 milhões para produção no Brasil e espera gerar 100 mil empregos. Ministro da Fazenda garante que as condições serão competitivas.
shein loja roupas
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A empresa de fast fashion Shein anunciou que vai investir R$ 750 milhões nos próximos anos no Brasil para estabelecer uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil no país.

A gigante asiática de e-commerce pretende fornecer tecnologia e treinamento aos fabricantes para que eles possam modernizar seus modelos de produção e adotar um formato sob demanda da empresa.

De acordo com o comunicado divulgado pela varejista na última quinta-feira (20/04), a intenção é tornar o Brasil um polo mais moderno de produção têxtil e de exportação para a América Latina.

Marketplace para produtos e vendedores no Brasil

Além disso, a empresa informou que vai lançar um marketplace para produtos e vendedores no Brasil, visando satisfazer as demandas dos clientes por uma maior variedade de produtos e um processo de entrega mais rápido.

Conforme o comunicado, o objetivo do marketplace é ajudar a capacitar a comunidade de vendedores locais para que possam alcançar a base de clientes da empresa por meio do seu site e aplicativo.

100 mil empregos nos próximos três anos

A Shein anunciou sua intenção de estabelecer parcerias com 2 mil fabricantes do país, o que deverá gerar, segundo a marca, cerca de 100 mil empregos nos próximos três anos.

A empresa, uma das preferidas pelo público feminino jovem no Brasil, afirmou que, até o final de 2026, aproximadamente 85% de suas vendas no país devem corresponder a fabricantes e vendedores locais.

Marcelo Claure, chefe da Shein para a América Latina, comentou o grande sucesso da marca no Brasil desde seu lançamento, em 2020.

“Diante da crescente demanda dos consumidores, a empresa enxergou a oportunidade de localizar ainda mais a sua cadeia de fornecimento no país, visando beneficiar os consumidores, as pequenas empresas e a economia em geral”, disse.

Relações entre a plataforma e o ministério da Fazenda

O valor dos investimentos ainda não foi divulgado, mas, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a empresa irá absorver os custos de conformidade com o plano da Receita Federal, que visa normalizar as relações entre a plataforma e o ministério da Fazenda.

A adesão da Shein ao plano de conformidade deve trazer investimentos para o país e equilibrar as condições de produção e comércio para varejistas nacionais e internacionais.

De acordo com o ministro, a intenção é manter condições competitivas para que não ocorra prejuízo aos empregos no Brasil e para as lojas do varejo nacional.

Para isso, o plano de conformidade seguirá o exemplo de países desenvolvidos e incluirá um imposto digital, ou digital tax, no qual a tributação será feita pela empresa sem repassar custos adicionais ao consumidor.

Essa movimentação, segundo Haddad, trará benefícios tanto para a economia quanto para a população brasileira.


Com informações do
G1.

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