Última milha: prazos de entrega nos EUA estão 28% menores

Em abril de 2022, a média entre a data do pedido e a data de entrega foi 5,6 dias; no mesmo mês deste ano, caiu para 4 dias, segundo relatório da project44. Saiba as tendências no Brasil também!
última milha entrega
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O ano de 2023 apresenta prazos de entrega mais rápidos nos Estados Unidos em relação àquilo que o mercado de última milha vivenciou em anos.

Em abril de 2021, a média entre a data do pedido e a data de entrega foi de 5,8 dias; em abril de 2022, 5,6 dias. Agora, em abril de 2023, a média caiu para 4 dias.

Comparando os dados de 2021 a 2023, a redução em abril foi de 31% nos prazos de entrega. Comparando este mesmo mês em 2022 e 2023, a queda foi de 28%.

Os dados são do relatório sobre a situação nos Estados Unidos referente ao transporte last mile, publicado pela project44, especializada em tecnologias de visibilidade para a cadeia de suprimentos.

Prazos agressivos da Amazon influenciaram

Segundo o levantamento, em comparação com março, a pontualidade nas operações de última milha permaneceu estável em abril, com melhora de 1%.

Em comparação com o mesmo mês de 2022, porém, abril de 2023 registrou desempenho 3% inferior.
Um fator que contribui para as taxas de pontualidade mais baixas foi o prazo agressivo que algumas empresas prometem para as entregas.

Varejistas como a Amazon, que oferecem entrega no dia seguinte, mudaram as expectativas dos consumidores em relação às compras on-line, e as empresas estão pressionando armazéns e transportadoras para atender tais previsões de envio.

Os tempos de entrega prometidos pelo varejo diminuíram 30% desde 2021, o que equivale a uma média de 2 dias.

As compras de fim de ano são exceções, mas tem havido uma tendência consistente de queda para além da alta temporada.

O tempo “do clique à entrega” mede a quantidade de tempo que um consumidor espera por seu pedido desde o momento em que faz a encomenda até quando ela é entregue.

Esse medidor continua estável para 2023. Isso mostra que tanto os armazéns quanto as transportadoras conseguiram superar os problemas de mão de obra e capacidade enfrentados durante a pandemia.

Diversificação de transportadoras

Esse ponto continua muito maior do que há alguns anos. No entanto, aparenta iniciar estabilização, como resultado da queda do volume geral.

Isso significa que os varejistas não precisam de tanta capacidade quanto nos últimos anos.

No entanto, eles não estão sendo rápidos em cortar laços com novas transportadoras, e continuam a diversificar na hora de escolher quem faz o transporte.

Embora possa não haver grandes gargalos de capacidade agora, manter esses relacionamentos pode ajudar a aliviar futuras interrupções.

Reclamações dos clientes

As entregas last mile estão longe de serem perfeitas. O atraso no envio corresponde a grande parte das reclamações dos consumidores americanos, seguido por “entregue, mas extraviado”; e “produto danificado”.

Essas três categorias formam 65% de todas as reclamações.

gráfico Last Mile

Os prazos de entrega também tendem a diminuir por aqui?

Depende. Segundo Pierre Jacquin, vice-presidente da project44 para a América Latina, o Brasil é um país de tamanho continental e com regiões apresentando diferenças em termos de infraestrutura rodoviária e logística.

“Nos últimos anos, temos visto redução dos prazos de entrega nas grandes cidades, mas as zonas rurais seguem sendo um desafio, pelos volumes menores, pulverização, acesso nem sempre fácil e ausência ou limitação de redes de telecomunicação”, conta.

Nos Estados Unidos e na Europa esse panorama é um pouco melhor.

Inovação crescente

Jacquin comenta que o mercado de transportes para e-commerce se transformou nos últimos anos com a entrada de empresas estrangeiras, que também com uma cultura digital para modernizar ou criar novas empresas.

“Atualmente, elas estão muito mais bem preparadas que no passado quando se fala em centros de gerenciamento, parques logísticos, entrepostos e especialmente recursos humanos”, expõe.

Segundo ele, esse é um ponto fundamental, porque a tecnologia não impulsiona transformações sem o engajamento das pessoas. “E o setor de logística sempre foi um tanto avesso a mudanças, mas isso, felizmente, tem mudado.”

No entanto, ele acrescenta que ainda há espaço para maior automação dos centros de distribuição, bem como para maior adoção de plataformas de visibilidade de ponta a ponta.

Tendências dos EUA que podem se refletir no Brasil

Alguns pontos citados por Jacquin são:

  • Maior uso de lockers e pick up & drop off points (PUDOS);
  • Automação mais intensa nos centros distribuição;
  • Desenvolvimento de talentos digitais para o setor de transportes e logística;
  • Foco em Customer Experience, com informações em tempo real e upselling/cross selling na comunicação da entrega;
  • Logística reversa automatizada, cada vez mais em voga tanto nos Estados Unidos quanto no Velho Continente.

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