Lançado em 2017, o Novo Corredor Internacional de Comércio Terrestre-Marítimo é uma passagem comercial e logística estabelecida em conjunto por regiões provinciais do oeste da China e os membros da ASEAN
Na última sexta-feira (4/8), a Administração Geral das Alfândegas (GAC, sigla em inglês) anunciou a implementação de medidas que visam facilitar a logística transfronteiriça ao longo do Novo Corredor Internacional de Comércio Terrestre-Marítimo. As medidas recém-anunciadas devem:
- Facilitar o desembaraço alfandegário para o transporte intermodal
- Apoiar a expansão da capacidade de transporte ferroviário internacional
- Ajudar a conectar melhor o corredor com os serviços de trem de carga
Em entrevista, Wu Haiping, diretor do Departamento de Operações Gerais da GAC, disse que “para promover a cooperação industrial entre a China e a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), as medidas específicas voltadas para o corredor também incluem desembaraço de seis horas para produtos perecíveis, como carne, frutas e outros produtos frescos”.
A autoridade alfandegária também assegurará o monitoramento e a análise dos fluxos de importação e exportação ao longo do corredor, compilará um índice comercial China-ASEAN e oferecerá melhores serviços de aconselhamento para medidas técnicas relacionadas ao comércio.
Integração multimodal leva há uma maior competitividade
Além de centralizar a formulação de políticas e a governança, os corredores comerciais funcionam como ponto focal para investimento em infraestrutura, planejamento e operações de transporte.
Com as novas medidas, a China conquista maior competitividade logística ao ganhar mais velocidade e melhores conexões. Além de desburocratizar uma série de procedimentos, o foco passa a ser a mercadoria e como ela chega mais rápido do ponto A ao B de acordo com as integrações ao longo do percurso.
O que podemos aprender
Tanto no e-commerce quanto no fortalecimento do corredor comercial podemos olhar para alguns dos movimentos estratégicos da China como uma oportunidade de aprendizado, afinal, ainda podem e devem influenciar a logística brasileira nos próximos anos.
Varejistas asiáticas como Shein, Shopee e AliExpress chegaram ao Brasil a pouco tempo mas já estão sacudindo o mercado nacional com um e-commerce mais interativo e moderno, e recentemente, a Shein anunciou parceria com a plataforma de envios Pegaki, do Grupo Intelipost, com o objetivo de oferecer maior escalabilidade aos associados.
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Amanda Moura é formada em Ciências Sociais e do Consumo pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e se dedica a estudar comportamento, consumo e tendências.
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