Nos últimos quatro anos, a Amazon tem investido tempo e recursos para reformular sua rede de entrega. O objetivo é reduzir o tempo de dois dias para um dia ou menos.
Além de ser um diferencial estratégico importante, a companhia deseja há anos fazer da “entrega no mesmo dia” um benefício atraente para membros do plano Prime, e ao que tudo indica, tanto esforço valeu a pena.
Na segunda-feira (31/07), a empresa anunciou ter alcançado seu melhor desempenho, entregando 1,8 bilhão de unidades no mesmo dia ou no dia seguinte aos assinantes Prime nos Estados Unidos, quatro vezes mais rápido que em 2019.
O que mudou na logística da Amazon
Uma das grandes mudanças foi a adoção de um modelo que divide os EUA em oito regiões, onde cada uma delas possui um centro de distribuição com itens comumente solicitados. A ideia é se afastar do modelo “hub and spoke”, em que os pacotes viajam por várias instalações no país.
O novo modelo facilita o atendimento, classificação e entrega de produtos. Vale dizer que, antes, a Amazon possuía centros distintos para separar e classificar itens, além de manter uma variedade muito maior de produtos aleatórios.
Embora a empresa não revele com exatidão sua quantidade de instalações, um relatório do The Wall Street Journal apontou que a bigtech abriu cerca de 45 pontos desde 2019. Em comunicado, o vice-presidente de transporte da Amazon, Udit Madan, revelou que os planos são de dobrar o número nos próximos dois anos.
Além disso, houve grande investimento na área de tecnologia, especificamente no que envolve machine learning. Dessa forma, foi possível melhorar a previsão de onde e quanto estoque é colocado nos armazéns.
As mudanças reduziram em 15% a distância que os itens percorrem dos armazéns até os clientes e em 12% o número de “pontos de contato” que o pacote percorre até o destino final – das 60 principais áreas metropolitanas dos EUA, mais da metade dos pedidos do Prime chegaram no mesmo dia ou no dia seguinte.
Menos custo e mais eficiência
Embora entregas mais rápidas sejam um desafio logístico por si só, as empresas também costumam lutar para equilibrar os custos com maior agilidade. No entanto, o executivo da Amazon revelou que as entregas mais rápidas tendem a ser mais econômicas. De acordo com ele, a redução da quilometragem e o menor número de transferências reduziram o custo de serviço da empresa.
Com essa velocidade, consumidores que normalmente comprariam itens de lojas locais ou de outros grandes varejistas, estão considerando cada vez mais comprar os itens na Amazon, enxergando na entrega rápida uma vantagem atraente. Ou seja, ao investir em uma entrega mais rápida, a Amazon está investindo na conquista da preferência dos consumidores.
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Amanda Moura é formada em Ciências Sociais e do Consumo pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e se dedica a estudar comportamento, consumo e tendências.
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