Ainda que tenha apresentado uma redução de 7% nos prejuízos por roubos de cargas em 2022 (na comparação com 2021), a região Sudeste se manteve como líder absoluta neste tipo de crime, com 75% das ocorrências no Brasil.
Porém, vale destacar o crescimento da criminalidade no Nordeste. Em 2022, a região teve alta de 37% no prejuízo com roubos de cargas na comparação com 2021 e permanece em tendência de alta ao longo de 2023.
O roubo é um dos principais desafios no transporte rodoviário de cargas. No Brasil, a atuação das quadrilhas especializadas no desvio e na receptação de mercadorias causa prejuízos bilionários todos os anos.
Os dados são da “Análise Anual de Roubo de Cargas nstech 2022”, segundo as três gerenciadoras de risco do ecossistema nstech – BRK, Buonny e Opentech.
Cargas mais visadas
No ano passado, as cargas fracionadas, alimentos, agronegócio, bebidas, cigarros e eletroeletrônicos representaram, juntos, 78,7% dos prejuízos com roubo.
As operações com cargas fracionadas e produtos alimentícios permaneceram entre as mais visadas pelas quadrilhas de roubos de cargas.
Porém, nota-se uma inversão na ordem. As cargas fracionadas assumiram a liderança no ranking de roubos com aumento de 30% na comparação com 2021.
Já o roubo de produtos alimentícios teve queda de 55% em 2022 em relação a 2021.
No transporte internacional, os produtos mais visados foram carnes e autopeças. As ocorrências se concentraram na Argentina, Chile e Paraguai.
O presidente da Shopify, Harley Finkelstein, disse em entrevista que, após embarcar em uma “missão paralela” para desenvolver os próprios negócios de atendimento e logística da empresa, ficou claro que poderia oferecer esses serviços de maneira mais eficaz integrando-se à Flexport.
“Isso permite que ambas executem o que fazem de melhor. Com a parceria, a Shopify pode voltar a desenvolver exclusivamente softwares para comércio eletrônico”, disse Finkelstein.
Locais e horários
Trechos urbanos permanecem na liderança dos locais campeões em abordagem de criminosos, ainda que tenha ocorrido, em 2022, uma significativa pulverização nas regiões de atuação das quadrilhas.
Juntos, os trechos urbanos, a BR-116 e a BR-050 representaram mais de 50% dos prejuízos em 2022. Rodovias como a SP-330 e a SP-348, que historicamente figuravam entre as cinco mais perigosas, tiveram retração de -58% e -20% respectivamente.
Cerca de 25% dos prejuízos ocorreram em mais de 30 diferentes rodovias estaduais e federais. São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador lideraram o ranking de ocorrências em 2022. E ainda, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Bahia somaram, juntos, 83,63% dos prejuízos com roubo de cargas no ano passado.
Dias e horários mais perigosos
Os dias da semana mais críticos foram terças e sextas-feiras. As operações de distribuição e as cargas de menor valor foram atacadas, principalmente, no período da manhã, das 8h às 10h.
O período noturno, entre 22h e meia-noite, foi o mais arriscado para operações de transferência, cargas de maior valor e viagens de longo percurso.
As paradas para abastecimento e os pernoites continuam sendo o principal momento de abordagem, embora a ação de criminosos com veículos em movimento tenha crescido mais de 35% em relação a 2021.
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