O sistema de frete tornou-se um elemento influente na hora da compra online, e dependendo das opções disponíveis, um fator decisivo para a conversão.
De acordo com a pesquisa E-commerce Trends 2023, realizada pela Opinion Box em parceria com a Octabox, 79% dos consumidores brasileiros afirmam que o frete grátis é o fator que mais pesa na hora de escolher uma loja ao invés de outra, e mais: 66% daqueles que abandonam o carrinho de compras em um e-commerce não concluem a transação devido ao preço do frete.
Em meio a consumidores exigentes e em busca dos melhores preços, o frete grátis é um grande atrativo para alavancar as vendas, no entanto, é preciso ser estratégico, caso contrário, a empresa pode sair no prejuízo.
Nesse artigo, você entenderá melhor a dinâmica por trás do frete grátis, além da melhor maneira de alinhá-lo à sua estratégia de negócios.
A política do frete grátis surgiu em meados dos anos 90, quando as atividades do e-commerce nos Estados Unidos estavam começando. Como forma de estimular a modalidade de compra online, alguns varejistas optaram pela gratuidade da entrega.
A estratégia realmente impulsionou as vendas, a na época, financiá-la não afetava o lucro de maneira substancial. No entanto, e-commerce chegou ao mercado brasileiro, o modelo americano não funcionou tão bem.
Com uma logística mais limitada, as despesas com o transporte eram consideravelmente maiores que em terras norte-americanas, o que impactou diretamente nas finanças das empresas brasileiras.
Portanto, para evitar prejuízos, o mercado nacional se adaptou à própria realidade, baseando-se esse artifício comercial em dois fundamentos: prazos e preços. Basicamente, quanto maior a necessidade de receber um produto rápido, mais caro o frete fica.
Embora a oferta de frete grátis tenha diminuído ao longo dos anos, é uma tática eficiente para atrair ou até mesmo fidelizar os clientes, e muitas empresas ainda utilizam a gratuidade na hora da entrega como uma proposta de valor atraente.
O frete grátis pode ir de vantagem competitiva a prejuízo financeiro rapidamente. Afinal, a pergunta que fica é: de onde sai o dinheiro?
O consenso geral é que quem paga pelo frete é o consumidor, mas isso não significa que, quando o cliente compra com frete grátis, ele está sendo enganado. Na verdade, é possível diluir esses valores na operação, viabilizando o custo zero para o consumidor.
Portanto, o frete grátis, essencialmente, não existe, mas é possível realizá-lo através de um bom planejamento.
Independentemente de utilizar ou não o frete grátis no seu negócio, ele é uma oportunidade que pode impulsionar a conversão e encantar os clientes.
Pensando nisso, separamos três dicas que podem ajudá-lo a aproveitar o que essa tática comercial tem de melhor, sem ficar no prejuízo:
Desde sua origem, a gratuidade do frete surgiu para impulsionar as vendas e essa continua sendo sua característica principal.
Como vimos, é super importante estipular um plano bem alinhado, entendendo quais produtos e segmentos podem se beneficiar dessa tática comercial sem deixar de lado os objetivos do negócio.
Bancar o frete pode ser uma boa estratégia para ganhar mercado nos estágios iniciais do negócio, como afirma Luiz Augusto Vergueiro, Cofundador da ImLog e Diretor de Operações do Mercado Livre:
“Imagine uma empresa que queira entrar ou acelerar o processo de avanço no e-commerce, considerando que o frete é um fator decisório na conversão. Neste caso, ela subsidia, mesmo que a operação sozinha por si só seja negativa, até o negócio engrenar.” – Luiz Augusto Vergueiro, Cofundador da ImLog e Diretor de Operações do Mercado Livre
No fim, tudo se resume a uma pergunta: quais produtos valem a pena o frete grátis? Uma vez que você tem essa resposta, o custo precisa ser diluído ao longo da operação de maneira inteligente e baseada em dados.
Lembre-se: a entrega gratuita só é um bom negócio quando vira uma estratégia alinhada aos objetivos do negócio. Esse fit só é alcançado através de um estudo detalhado sobre a operação, publico-alvo e proposta de valor.
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