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29º Fórum Internacional Supply Chain: principais insights

Em meio a tantas mudanças, quais assuntos tratar em um Fórum Internacional Supply Chain? Nos últimos anos, o nível de complexidade da cadeia de suprimentos só cresceu, e ao mesmo tempo que a tecnologia possibilitou uma gestão mais eficiente, novos desafios surgiram.

Foi pensando nisso que o 29º Fórum Internacional Supply Chain e Expo Logística reuniu especialistas do setor para apresentar casos, tendências e boas práticas em logística e supply chain  nos dias 16, 17 e 18 de outubro no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo.

Foram mais de 70 palestrantes e 40 horas de conteúdo; o evento também foi transmitido ao vivo. A grande novidade dessa edição foi a Arena de Inovação, espaço dedicado a empresas e logitechs que estão inovando em seus segmentos. 

A ImLog acompanhou de perto os painéis e compilou alguns dos vários insights do evento para você. Confira a seguir!

Sem tempo? Atualize-se em menos de cinco minutos com o resumo dos principais insights do evento:

  • IA não resolve todos os problemas logísticos.  A construção de uma cadeia resiliente é responsabilidade dos gestores, que além de estabelecer critérios devem ser capazes de analisar as recomendações tecnológicas;
  • Digitalizar a experiência logística é o próximo passo para atender as expectativas do consumidor atual, tornando-se o elo que une empresa e cliente;
  • Em uma cadeia cada vez mais dinâmica e incerta, ter um método de inovação é fundamental para reduzir riscos e custos envolvidos;
  • Na hora de otimizar processos, analise cuidadosamente o problema, caso contrário, você pode otimizar o caos;
  • Quando o assunto é sustentabilidade, os riscos podem ser altos e os ganhos incertos. Criando um ecossistema de inovação e colaboração é possível diluir os riscos, criar novas oportunidades de negócios e gerar dados úteis para expandir e fortalecer iniciativas sustentáveis;
  • Tornar o inventário mais inteligente, ter excelência na execução e fazer o básico bem-feito são prioridades da liderança nos próximos anos.

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A seguir, exploramos cada um desses insights de maneira mais detalhada: 

#1 – A tecnologia não tem todas as respostas

Apesar dos impactos positivos, especialistas indicam que a tecnologia não traz todas as respostas, muito menos, resolve todos os problemas da operação. Um dos principais benefícios do uso de inteligência artificial para a gestão é que o uso de dados quebra vieses cognitivos, e isso é transformador.

A IA é programada e treinada para aprender uma coisa. A construção de uma cadeia resiliente é responsabilidade dos gestores, que criam critérios e devem ser capazes de analisar as recomendações. Em outras palavras, o fator humano ainda é fundamental.

Nesse sentido, o tripé “execução – integração – medição”, é a base para implementar novas tecnologias, testando e entendendo como impulsionar seu negócio, afinal, cada empresa tem seus desafios particulares.

#2 – A nova logística é customer-centric e digital

A relação mais direta com o cliente, impulsionada principalmente pela tecnologia, não tem mais volta. Nesse sentido, o uso de ferramentas e softwares devem trabalhar juntos em prol de mais eficiência e produtividade, mas principalmente, colocando o cliente no centro. Para ter ideia, 70% do NPS tem a ver com logística.

A base para desenvolver uma logística estratégica está na omnicanalidade e no atendimento ao cliente. Nesse sentido, entender como sua empresa responde a novos comportamentos e tendências, é essencial, afinal, a solução parte da necessidade do cliente. 

Para especialistas, digitalizar a experiência na logística é o próximo passo para atender as expectativas do consumidor atual, sendo o elo que une empresa e cliente. 

Por que digitalizar a experiência na logística é importante?:

  • Aumenta de eficiência operacional;
  • Oferece mais visibilidade de ponta a ponta;
  • Reduz de custos com tecnologia e inovação;
  • Oferece uma maior qualidade de serviço;
  • Permite maior acompanhamento e análise de dados.

#3 – Inovação tem método

É fundamental que antes de pensar em inovação, a empresa tenha clareza sobre o que busca e o motivo para a iniciativa. Inovar por inovar não é o caminho mais assertivo.

A cadeia de logística está cada vez mais dinâmica, incerta e conectada, e entender a complexidade do mercado é o primeiro passo para começar a pensar em inovação, principalmente, porque envolve custos. Por isso, ter um método é mandatório.

A metodologia de inovação da AmBev é responsável por filtrar ideias e é composta por quatro etapas:

  • Brainstorming
  • Desenvolvimento
  • Testes (POCs)
  • Rollout

Só após passar por esse funil, é que uma inovação pode começar a ser pivotada na empresa, pois já foi previamente validada.

#4 – Otimize os processos certos

Muitos líderes de logística e supply chain são cobrados para reduzir custos e entregar maior produtividade, e para alcançar esses resultados, são tentados a pular direto para a solução, mas isso pode causar ainda mais problemas e processos falhos.

Para ter sucesso, é fundamental começar analisando e pensando em um problema específico que precisa resolver, se não, você pode acabar  otimizando o caos. Para evitar isso, é preciso ter uma base sólida de informações que servirão de insumo para qualquer mudança; para isso, começar pelo propósito é essencial.

O propósito do negócio deve ser o guia para todas as áreas da empresa e todos os fluxos organizacionais. Desse modo, é mais fácil criar uma visão de processos clara e horizontal, que acompanhe todo fluxo de valor. 

Comece entendendo qual o fluxo atual, onde ele gera valor e o que não está funcionando bem. Além do fluxo de materiais, estar atento ao fluxo de informações, é essencial, afinal, a longo prazo, é pouco efetivo ter uma  pequena área otimizada e o restante totalmente voltada para desperdício.

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#5 – Criar um ecossistema é fundamental para impulsionar soluções sustentáveis

Muitas empresas têm dúvidas sobre a implementação de iniciativas sustentáveis, principalmente, pelo custo e pela capacidade de execução. 

De acordo com especialistas presentes no evento, um dos melhores caminhos é a colaboração. A  troca de experiências e informações levam ao aprendizado contínuo, característica essencial para atingir a eficiência. É bom para o setor e para o consumidor.

Além disso, quando o assunto é sustentabilidade, o risco é alto e os ganhos são incertos. Criando um ecossistema de inovação e colaboração  é possível diluir os riscos, criar novas oportunidades de negócios e gerar dados úteis para expandir e fortalecer iniciativas mais sustentáveis.

Com grandes companhias assumindo compromissos de descarbonização e de se tornarem net zero nos próximos anos, é certo que a pauta ESG só tende a se fortalecer e é preciso entender rápido como agir.

Fórum Internacional Supply Chain: para onde vamos?

Após a pandemia, houve uma disrupção total da cadeia de suprimentos. Ela deixou de ser operacional para se tornar cada vez mais estratégica, com isso, o principal objetivo das lideranças atuais é diminuir os custos e aumentar o nível de serviço.  Para isso, é preciso:

  • Trabalhar com eficiência de ponta a ponta, matando os custos ocultos;
  • Tornar o inventário mais inteligente;
  • Ter excelência na execução;
  • Fazer o básico bem-feito.

Inovar nas operações tende a ser uma forte alavanca de crescimento, já que não é fácil de ser replicado pela concorrência. No cerne da inovação operacional reside a pergunta: o que podemos fazer de maneira diferente e que gera valor para o cliente? 

A loja de móveis Ikea, por exemplo, inovou na maneira como embala seus produtos.  Ao remover as pernas dos móveis, conseguiu enviá-los pelos correios em embalagens planas, o que facilitou a distribuição e manteve a qualidade do móvel para o consumidor final.. 

De acordo com especialistas presentes no 29º Fórum Internacional Supply Chain, três elementos formam a base  de uma estratégia de supply chain saudável e sustentável: adaptabilidade, agilidade e alinhamento – o “triple A” da logística.

Sobre a ImLog

A ImLog nasceu do sonho dos sócios Patrick Rocha (dLieve e VTEX), Luiz Vergueiro (Infracommerce e Mercado Livre) e João Cristofolini (Pegaki e Intelipost). Depois de criarem algumas empresas, darem start em diversas operações logísticas resolveram unir suas experiências e cases de sucesso para ajudar o mercado a realizar entregas com qualidade e acima de tudo encantando os clientes e consumidores.

  • Amanda Moura é formada em Ciências Sociais e do Consumo pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e se dedica a estudar comportamento, consumo e tendências.

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Tags: Gestão

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