Com o uso de tecnologia RFID (Radio Frequency Identification) na logística, empresas estão revolucionando a maneira como gerenciam seus estoques e processos de distribuição, alcançando níveis de eficiência nunca antes vistos.
O RFID permite a identificação e o rastreamento de objetos ou produtos por meio de ondas de rádio. Na logística, é utilizado para gerenciar o fluxo de mercadorias em armazéns, centros de distribuição e em toda a cadeia de suprimentos.
Com as tags, é possível identificar e localizar produtos de forma precisa e automática, sem a necessidade de intervenção humana, o que aumenta a eficiência e a velocidade dos processos. Também podem ser utilizadas para controle de estoque em tempo real, prevenção de perdas e garantia de qualidade dos produtos.
A Golden State Foods (GFS), empresa de serviços de alimentação B2B com sede em Irvine, Califórnia, que fornece principalmente para o McDonald´s, é um exemplo de sucesso no uso da tecnologia.
A solução, da Smart Label Solutions (SLS), permite à empresa rastrear os hambúrgueres durante o processo de produção, armazenamento e entrega aos restaurantes, além de monitorar a temperatura.
Produção
A Golden State Foods embala os hambúrgueres e os coloca em caixas, etiquetadas com uma tag RFID. Em seguida, a máquina embala o palete, composto por 98 caixas. Nesse momento, os sensores RFID fazem a leitura e associam as informações dessas caixas ao palete específico.
Quando os produtos saem do refrigerador para entrega, o palete é lido novamente. É o segundo checkpoint. Finalmente, quando a carga é colocada no caminhão para ser enviada ao centro de distribuição, outro sensor RFID registra a transação.
“Isso nos permite ser mais proativos, pois, em vez de apenas gerenciar nosso inventário, podemos ver o que está acontecendo durante todo o trajeto”, explica Jason Prince, diretor de operações.
Distribuição
Em Garner, Carolina do Norte, as caixas são descarregadas no centro de distribuição antes de serem entregues aos restaurantes da região. A empresa realiza cerca de 1.300 entregas por semana e movimenta aproximadamente 600.000 caixas.
“Quando lidamos com carne, especialmente fresca, é preciso manter a temperatura dentro de uma faixa muito rigorosa. Utilizamos blockchain para rastrear esse produto e, através de um painel, sabemos se houve qualquer variação de temperatura desde o recebimento até a entrega”, conta Gregg Tarlton, diretor de operações regionais leste.
Entrega
Mesmo após a carne chegar ao refrigerador do restaurante, todas as etapas da cadeia de suprimentos continuam monitorando o produto até o momento em que é retirado e preparado para os clientes.
“Estamos muito animados com os resultados que vemos nesse projeto-piloto. Nosso objetivo é usar a tecnologia em todos os produtos que enviamos aos restaurantes. E isso é um grande desafio, porque as vendas flutuam diariamente, dependendo do que está acontecendo no mercado”, expõe Tarlton.
Gerenciar e saber o que está no estoque do restaurante permite entregar o que realmente é necessário. Não se trata apenas de digitalizar a cadeia de suprimentos, mas também reduzir horas de ajustes de processos entre as empresas.
Isso também otimiza o estoque em toda a cadeia de suprimentos, permitindo ter o produto certo, no momento certo e no lugar certo. Com esse tipo de informação, quanto desperdício seria evitado?
Segundo a empresa, o que torna este projeto único é o compartilhamento de dados entre as áreas de fabricação e distribuição e os clientes. Essa é a integração que todo o mercado busca para otimizar sua logística.
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