Nos Estados Unidos e na Europa está se tornando cada vez mais comum que os clientes de e-commerce arquem com as taxas de envio no caso da devolução de produtos.
Cerca de 41% dos varejistas cobraram frete nas devoluções em 2022, ante 33% no ano anterior, segundo pesquisa da empresa de logística Narvar, com base em 200 respondentes.
De acordo com o estudo, os clientes acabam pagando taxas referentes a envio, manuseio e até reabastecimento de estoque. Mas, dependendo da política de devolução do site de compras, podem evitar cobranças adicionais devolvendo os itens nas lojas físicas.
Vários importantes varejistas mencionaram taxas de remessa para devoluções, incluindo a multinacional de moda H&M, segundo a qual “os custos de remessa e manuseio não são reembolsáveis”.
A H&M disse que seus clientes nos Estados Unidos geralmente pagam uma taxa de $ 5,99 para devolver produtos pelo Serviço Postal, embora sejam isentos os que fazem parte do programa de fidelidade.
As cobranças por devoluções online diferem de mercado para mercado. Para a loja de moda J.Crew, custam $ 7,50, enquanto a loja de departamento JCPenney cobra $ 8.
Várias lojas de departamentos e marcas, incluindo Kohl’s, Uniqlo, Anthropologie, Neiman Marcus e outras também estão cobrando taxas que variam até US$ 10.
As razões logísticas por trás dessa tendência incluem os custos de recebimento, reembalagem e catalogação de mercadorias devolvidas.
Com informações da Insider.
No Brasil isso pode vingar?
Ainda não, segundo Luiz Vergueiro, cofundador da ImLog e diretor sênior de operações logísticas do Mercado Livre. “O custo de frete, no Brasil, já é muito sensível na decisão de compra pelo consumidor.”
Diferentemente do que acontece na Europa e nos Estados Unidos, o nível de maturidade do e-commerce aqui ainda não permite essa política. “O cliente sempre opta pelo frete grátis e pela velocidade mais rápida. Se a loja começar a cobrar a devolução, há uma grande possibilidade de perder o cliente e diminuir sua conversão”, alerta.
Ele diz que na Europa, por exemplo, as pessoas adotaram a prática de comprar vários tamanhos e várias cores do mesmo produto para escolher uma delas após a entrega. “No fim, ficam com um e devolvem os outros. Por isso o índice de devolução lá é alto e estão começando a cobrar”, explica Vergueiro.
Amazon: pagando para retirar
Também para reduzir os custos de entrega e devoluções, a Amazon.com adotou uma estratégia: está oferecendo US$ 10 a clientes dos Estados Unidos para retirar a compra, em vez de receber em casa.
Segundo a companhia, a promoção não é uma medida de corte de custos e se aplica a clientes que nunca utilizaram o Amazon Pickup ou não usaram esse serviço nos últimos 12 meses.
A empresa também começou a cobrar de alguns clientes uma taxa de US$ 1 se eles devolverem pacotes por meio de uma loja do United Parcel Service.
A UPS e a FedEx encorajaram os clientes a usar os chamados pontos de acesso, especialmente em áreas rurais, onde a entrega pode ter custos bem altos.
Além disso, a Amazon adotou outras medidas. No final do ano passado, aumentou o preço de sua assinatura anual Prime, que inclui benefícios de frete grátis, de US$ 20 para US$ 139.
E, ainda, aumentou os limites mínimos de pedidos para entrega gratuita de supermercado, incentivou os clientes a receberem todos os seus pacotes em um determinado dia da semana e expandiu a entrega de encomendas no mesmo dia com uma taxa para pedidos abaixo de $ 25.
Com informações do Yahoo Finance.
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