Os profissionais de uma empresa de logística precisam saber coletar, analisar e desenvolver ações estratégicas baseadas em dados, de modo a realizar as entregas de forma personalizada.
Na ponta da última milha, é preciso que motoristas e entregadores estejam alinhados ao plano e tenham bom senso, empatia e sensibilidade para entender todas as particularidades dos clientes que mencionei acima.
Tudo precisa trabalhar em harmonia.
O problema é que não dá para cobrar análise de dados sem investimento em tecnologia e profissionais capacitados. Não dá para cobrar empatia do motorista o pagando mal. Esses profissionais têm contas para pagar, famílias, objetivos, receios, e o trabalho é boa parte do que constrói suas vidas. Eles precisam de condições propícias para oferecer seu melhor, e precisam enxergar como isso tudo é benéfico para eles também.
Um exemplo importante está na figura do motorista, como mencionamos insistentemente aqui na ImLog. Ele realiza a última etapa de todo o caminho logístico, um momento de extrema importância para a empresa, visto que é aí que o cliente terá contato físico com a marca, em muitos casos, pela primeira vez.
Imagine, então, se este profissional é mal educado, ou despreparado, e frustra o cliente? Ele terá uma experiência ruim e não importa que os demais processos tenham funcionado bem, porque esse é o único ponto de contato e é o que será lembrado.
Por fim, vale dizer que todos os pontos acima são complexos e não podem ser alterados da noite para o dia. Mas as mudanças são possíveis e podem fazer uma diferença tremenda no dia a dia e, em curto espaço de tempo, na retenção de colaboradores, no aumento da satisfação do cliente e, consequentemente, na receita da empresa.
Ainda que eu não goste da palavra inovação, sei que ela é uma definição para retratar as grandes mudanças que estão acontecendo em diversos segmentos, inclusive na logística. Portanto, se quiser inovar, comece pelo básico, que ao mesmo tempo é o complexo: comece por olhar para as pessoas.