Venda de alimentos e bebidas pela internet cresce 71,7% em 2022

Comparado a 2021, o resultado é reflexo da pandemia, que impulsionou o setor de e-commerce. A expectativa é de mais crescimento nos próximos anos.
venda de alimentos e bebidas Zé Delivery
venda de alimentos e bebidas Zé Delivery

A venda de alimentos e bebidas nas plataformas digitais registrou um aumento de 71,7% em 2022, em relação a 2021, segundo relatório da NielsenIQ|EBIT.

Este desempenho é amplamente superior aos outros segmentos, com o segundo colocado sendo o de perfumaria e cosméticos, que cresceu 21,2%.

Em seguida estão pet shops, eletrônicos e casa e decoração – com aumentos, respectivamente, de 16,3%, 10,5% e 9,6%.

Consumo em múltiplos canais

O comércio digital se fortaleceu durante a pandemia porque ele foi uma solução para manter os negócios andando.

Segundo Marcelo Osanai, head de e-commerce da e-Nielsen|Ebit, o reaquecimento do consumo em múltiplos canais foi um fator importante para o setor alimentício apresentar estes números.

“Consumimos alimentos e bebidas de forma omnichannel há muito tempo, mas sempre há o que aperfeiçoar. Afinal, o consumidor não é único, mas múltiplo, com uma infinidade de desejos”, explica.

Apesar de o ticket médio ter caído 7,5% em 2022, o número de pedidos aumentou 7,9%. Além disso, o setor teve uma alta de 20,1% nos novos consumidores.

Para Osnai, trata-se de um ano estável e que manteve os níveis de crescimento de 2021. Segundo ele, 49% dos varejistas apontam que o aumento no custo de vida impactou os gastos do comércio digital.

Maior comodidade

Segundo a NielsenIQ|EBIT, o varejo de alimentos e bebidas se tornou atrativo ao consumidor por oferecer maior comodidade.

Para 65% dos clientes, não precisar sair de casa para comprar é o principal motivo para optarem pela compra via internet.

Economia de tempo e entrega rápida são outros benefícios, apontados por 47% e 42%, respectivamente.

Crescimento dos marketplaces

Outro dado levantado pelo estudo é o crescimento dos marketplaces como opção para pequenos e médios negócios. Estas plataformas devem representar 3% das vendas online até 2025.

“Pequenas empresas aproveitam o volume de tráfego que é muito alto nos marketplaces”, explica Rodrigo Cardoso, CEO da LAB2U.

Para ele, a logística, maior escala para vendas e a segurança oferecidas pelo modelo estão entre os principais fatores para o crescimento destas plataformas.

Apesar do ótimo desempenho, o consumo de bens alimentícios através das plataformas digitais representa apenas 0,8% do investimento total em comida.

Para Osnai, no entanto, não é algo negativo. “Isso mostra o tamanho da oportunidade de desenvolvimento que esse segmento ainda tem a crescer”, conta.

Estratégias diferentes

Para o varejista que faz vendas no e-commerce ou pretende começar, observar as diferenças de vendas de itens específicos é fundamental para o negócio.

Por exemplo, barras de cereais tiveram um aumento de 39,72% nas vendas presenciais, enquanto o crescimento foi de 86,40% nos digitais.

As bebidas, inclusive, são um grande destaque dos e-commerces. Vinhos, Whisky e Gim são apontados por Osnai como de grande potencial de retorno financeiro.

A exceção é a vodka, que teve alta de 7% nas vendas em plataformas digitais e 34% nas presenciais.

Outro ponto importante é aproveitar datas sazonais para escolher os canais de venda. Na Black Friday, os e-commerces registram crescimento de 13% nas vendas contra alta de 8,6% no offline.

“É o mesmo consumidor, e existem sinergias. Mas temos que ter em mente que é preciso utilizar estratégias diferentes para cada canal”, explica Osnai.

Clubes de assinatura e grocery

Já os clubes de assinatura se manterão firmes no mercado. Movimentando R$ 1 bilhão por ano, o segmento oferece uma curadoria de produtos para os membros, que pagarão pela assinatura e comodidade.

Assim, é uma forma de adquirir vinhos online ou outros itens como queijos, carnes e até doces.

Já o grocery é, segundo Osnai, um segmento tradicional e com grande potencial de crescimento. “Não sei se será em 2 ou 15 anos que isso será atingido. Na Coreia do Sul, por exemplo, o segmento de beauty era de apenas 15%, em 2010. Em 2020, já representava 80%”, conta.

Para ele, a comparação com os meios tradicionais é inevitável. “O que eu posso adiantar é que há muitos consumidores que não são atingidos pelo digital neste segmento, assim como diversas oportunidades a serem exploradas”, encerra.

Zé Delivery em crescimento

E falando de bebidas, o Zé Delivery entregou mais de 16 milhões de pedidos no quarto trimestre de 2022, com o GMV (volume bruto de mercadorias) subindo 13% em relação ao período anterior, atingindo quase 4,8 milhões de MAU (Monthly Active Users) graças ao aumento de seu awareness.

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