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Acirrando disputa com os Correios, Loggi passa a oferecer serviço de entrega a pessoas físicas

A Loggi, startup de logística, anunciou nesta terça-feira, 2 de maio, que vai começar a oferecer serviços de entrega para pessoas físicas em todo o Brasil. Com isso, a empresa entra em disputa direta com os Correios.

O serviço, chamado de Loggi Fácil, estará disponível inicialmente em oito cidades: São Paulo, Guarulhos, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Campinas, Ribeirão Preto e Londrina, mas a empresa planeja expandir para outras cidades ao longo do ano.

Dependendo da cidade, o pedido pode ser feito até 45 minutos antes da coleta.

Com ele, qualquer pessoa poderá dispor da mesma malha que a companhia já oferece para gigantes do comércio eletrônico.

Apostando em tecnologia

Embora a Loggi trabalhe em parceria com os Correios em algumas rotas, a empresa aposta em tecnologia para transformar a entrega de pacotes no Brasil.

Com o Loggi Fácil, o cliente não precisa ir a postos de entrega ou cuidar da embalagem. Tudo é resolvido pelo aplicativo e o pacote é retirado na casa do cliente. A embalagem também fica sob a responsabilidade da companhia.

A ideia é gerar contraste com o ritual tradicional de enviar um pacote pelos Correios.

“O Brasil tem um grande potencial. Algumas pesquisas mostram que em outros países a média anual de envios por pessoa é de 65 pacotes por ano. No Brasil, esse número é de 6”, diz Grégoire Balasko, vice-presidente da Loggi.

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Até 1 milhão de pacotes por dia

A Loggi espera movimentar até 1 milhão de pacotes por dia com o novo serviço. Hoje, a companhia faz 500 mil entregas por dia em duas modalidades de atuação – seu produto original, de entrega ponta a ponta, e a oferta para grandes empresas e marketplaces.

Atualmente, a empresa está presente em 4 mil municípios no Brasil, mas ainda está longe de cobrir os 5.570 municípios brasileiros.

Caso atinja a meta, a startup deve movimentar o centro de distribuição em Cajamar (SP), com capacidade para processar até 1 milhão de pacotes por dia. O galpão, construído a um custo de R$ 150 milhões, nunca operou em capacidade máxima.

Recentemente, a Loggi anunciou a abertura de um novo centro de crossdocking no Rio de Janeiro, com capacidade para processar até 200 mil pacotes por dia.

Segundo Patrick Rocha, cofundador da ImLog, a concorrência é sempre bem-vinda. “Quanto mais empresas estiverem dispostas a embarcar em novos tipos de atendimento, melhor para nosso setor, mais rico ele fica e, consequentemente, melhor experiência levaremos aos consumidores”, opina.

De volta às origens

A iniciativa da Loggi é vista como uma volta às origens da empresa, que foi fundada em 2013 com o objetivo de atender a pessoa física.

Ao longo dos anos, a startup se aproximou dos gigantes do comércio eletrônico, que passavam por expansão, crescendo junto com eles: em 2021, recebeu um aporte de US$ 212 milhões.

De acordo com Balasko, o cenário de curto prazo com inflação e o mercado de capitais menos receptivo é complicado, mas a perspectiva de longo prazo para o mercado de logística é crescimento. “Então focamos em eficiência operacional e no que vai fazer da Loggi a empresa mais relevante em envios no Brasil”, diz.

Com informações do Estadão e da Startups.com.br.