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Chatbots de IA generativa estão sendo testados para aprimorar a gestão de cadeias de suprimentos

Especialistas em logística estão tentando descobrir se o mais recente avanço em inteligência artificial, um chatbot que desencadeou uma corrida global para aprimorar a tecnologia para tarefas de trabalho, pode auxiliá-los na correção de problemas em suas cadeias de suprimentos.

Grandes provedores de software, incluindo Blue Yonder Group Inc., SAP SE e Manhattan Associates Inc., estão desenvolvendo pesquisas para verificar como a tecnologia conhecida como IA generativa pode melhorar a previsão, a aquisição, o gerenciamento de estoque e até mesmo as decisões de envio de produtos.

“De repente, você acaba tendo um analista de cadeia de suprimentos super inteligente que pode raciocinar”, disse Duncan Angove, CEO da Blue Yonder, sediada em Scottsdale, Arizona, que está testando uma ferramenta para ser usada no atendimento de seus clientes varejistas, fabricantes e provedores de logística.

A ferramenta eventualmente será capaz de responder perguntas como: qual é a opção mais lucrativa? Qual delas deixaria meus três principais clientes mais felizes?

Questões práticas

Abordar as questões práticas por trás das operações logísticas seria um passo além das demonstrações da IA, que já provou ser capaz de compor músicas e até notícias com tom humanizado, como faz o popular programa ChatGPT da OpenAI.

Especialistas em tecnologia logística estão focados em verificar a capacidade da ferramenta de digerir grandes quantidades de dados e fornecer conclusões claras e úteis, o que poderia resolver o problema de empresas sobrecarregadas com informações.

“A IA tradicional estava comprimindo informações, ou seja, transformando muitos números em menos números. Mas ainda é preciso um cérebro que precisa processá-los”, disse David Vallejo, chefe global de planejamento de cadeia de suprimentos, fabricação e logística da alemã SAP, uma das maiores fornecedoras de software de planejamento de recursos empresariais do mundo. “Agora, isso leva a um passo adiante.”

Segundo Vallejo, os chatbots poderiam ser usados para dizer às empresas, em linguagem simples, como planejar seus estoques, por exemplo.

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Desafios dos chatbots

Existem grandes desafios em confiar em programas como o ChatGPT para tarefas críticas no planejamento da cadeia de suprimentos, disseram os especialistas.

Às vezes, a tecnologia fornece respostas imprecisas com base no conjunto de informações em que foi treinada.

Marko Pukkila, analista da empresa de pesquisa Gartner Inc., disse que algumas empresas preveem um futuro em que possam perguntar a um chatbot como atender um grande pedido e obter uma resposta com as opções mais baratas e rápidas.

“Mas esse tipo de coisa ainda está a anos e anos de distância”, comentou Pukkila.

A gigante de alimentos e bebidas Nestlé SA, fabricante de café Nespresso e pizza congelada DiGiorno, disse que está considerando usar a IA generativa em suas operações, mas ainda avalia sua segurança.

A Manhattan Associates, sediada em Atlanta, que fornece software para ajudar empresas a gerenciar suas operações de transporte e armazenamento, está experimentando o ChatGPT e tecnologia semelhante com seus clientes, como contou o diretor de tecnologia, Sanjeev Siotia.

“As ferramentas algum dia poderão permitir que gerentes de cadeia de suprimentos simplesmente perguntem: onde está o quê? e obtenham uma resposta clara”, expôs.

Um defensor do potencial uso da inteligência artificial generativa em cadeias de suprimentos é justamente o ChatGPT, embora a ferramenta sugira que a tecnologia ainda precisa de desenvolvimento.

“O ChatGPT pode ser o elo perdido na comunicação da cadeia de suprimentos”, escreveu a ferramenta ao ser perguntada sobre suas possibilidades. “Mas, como qualquer solução inovadora, ela vem com seus próprios desafios.”

Com informações do Wall Street Journal.